Exposição traz trabalhos de Keith Haring no Brasil

Photo by Kate Simon
Photo by Annie Leibovitz

Photo by Andy Warhol
Neste sábado (31) abriu em São Paulo a exposição “Selected works”, que traz trabalhos inéditos no Brasil do artista norte-americano Keith Haring. Pioneiro na fusão de arte moderna com graffiti na Nova York dos anos 80 ao lado de artistas como Kenny Scharf e Jean Michel-Basquiat, Haring morreu por complicações relacionadas à Aids aos 31 anos de idade.
Os documentários Drawing the line, dirigido por Elisabeth Aubert, e The Universe of Keith Haring, dirigido por Chistina Clausen, fazem parte da programação, onde também a fotos, escritos, cartas, materiais, etc.
Sob o comando da curadora americana Sharon Battat, da Litmedia Productions, a mostra é uma boa oportunidade para conhecer o trabalho do artista que é considerado um ícone da cultura underground da Nova Iorque da década de 80.
Keith passou pelo Brasil diversas vezes, especialmente em Salvador, onde deixou dois de seus painéis. Inclusive faz parte da programação da exposição a restauração de um deles. Em 1983, o artista participou da Bienal de Arte de São Paulo.
Nascido no estado da Pensilvânia em 1958 numa família de classe média, cedo mostrou interesse pelas artes plásticas. De 1976 até 1978 estudou design gráfico numa escola de arte em Pittsburgh. Antes de acabar o curso, transferiu-se para Nova Iorque, onde foi grandemente influenciado pelo graffiti, inscrevendo-se na School of Visual Arts (SVA). Lá, Keith ficou amigo de outros artistas como Kenny Scharf, Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat. Depois de dois anos na SVA, Haring saiu da escola e começou a fazer seu nome como um dos mais celebrados e controversos artistas da década.
Keith Haring começou a ganhar notoriedade ao desenhar a giz nas estações de metrô de Nova Iorque. As suas primeiras exposições formais acontecem em espaços alternativos e clubes da cidade, fato que o levou a conhecer Madonna, Grace Jones e David Byrne. Sua primeira exposição individual aconteceu na Tony Shafrazi Gallery, no Soho, em 1982. Em pouco tempo já participava de exposições e performances no vanguardista Club 57.Em 1986, ele abriu a loja Pop Shop em Nova Iorque, onde comercializava roupas e objetos estampadas com suas famosas ilustrações. Outra loja é aberta em Tóquio em 1988, fechando em 1989. Em 2005, a Pop Shop de Nova Iorque fechou as portas, mas ainda existe online.
Parte do movimento das artes underground de Nova Iorque, Haring sempre teve forte preocupação social e a representava com obras repletas de mensagens sobre preconceitos, amor, paz, liberdade e, acima de tudo, a prevenção do HIV. Foi fortemente influenciado pelo graffiti, por sua forma independente e utilização do espaço público.



Caixa Cultural São Paulo: 31 de Julho a 5 de setembro
Condomínio Conjunto Nacional Av. Paulista, 2073, São Paulo – SP/ CEP: 01311-300
Telefone: (11) 3321-4400
Horário: Terça-feira a sábado, das 9h às 21h/ domingo das 10h às 21h
Livre


Caixa Cultural Rio de Janeiro: 28 de setembro a 14 de novembro
Av. Almirante Barroso, 25, sobreloja, Rio de Janeiro – RJ/ CEP: 20031-003
Telefone: (11) 2544-4080Horário: Terça-feira a sábado, das 10h às 22h/ domingo das 9h às 21h. Livre


Museu Inimá de Paula (Minas Gerais): 3 de dezembro a 6 de fevereiroRua da Bahia, 1.201, Centro, Belo Horizonte – MG/ CEP 30160-011
Telefone: (31) 3213-4320 e 3222-9798
Horário: domingo e terça-feira, das 12h às 19h/ quarta-feira a sábado, das 12h às 21h. Livre

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dossiê 11: A arte e a vida de Paulo Bruscky na poesia visual e no experimentalismo.

Fotomontagens de Jorge de Lima a ilustre vanguarda