Neville D Almeida tem instalação com a obra TabAmazônica


Cineasta de profícuas produções no cinema nacional, Neville D'Almeida (Matou a Família e Foi ao Cinema, A Dama do Lotação) mostra agora sua faceta de artistas plástico em mostra no espaço Oi Futuro, com a obra TabAmazônica.


A obra reúne imagens inéditas do cotidiano do artista numa aldeia Caiapó. Surgiu a partir de vídeos captados em 2003 por Neville e pelo fotógrafo Tamur Aimara. Ao detalhar os índios dessa comunidade, o espectador é convidado a imergir no universo e na cultura indígena.
A instalação emula uma das tabas da aldeia, como uma oca de 50m quadrados por 5mt de altura, sendo construída com sapê, cipó, bambu, varas e troncos e totalmente coberta com palha. Nas paredes e no teto são projetados sete filmes (de 15min) que mostram o cotidiano de uma aldeia. A trilha sonora é composta por cantos tribais, captados in loco, junto com a gravação das imagens.
Vale lembrar que o artista foi pioneiro de instalações interativas. Já em 1973, apresentou “Cosmococa”, em parceria com Helio Oiticica. “Na época não se usava ainda o termo instalação. O projeto, com slides de comunidades nativas, foi batizado por nós de Quase-Cinema”, lembra. Para ele, a experiência tem como intuito criar um projeto “quasi-cinema” indígeno, possibilitando ao público um mergulho na cultura e uma aproximação com os costumes de uma comunidade.


TABAMAZÔNICA

De: Neville D`Almeida

Curadoria: Alberto Saraiva


TABAMAZÔNICA é o desenvolvimento da experiência de QUASICINEMA, conceito criado em 1973 por Neville Dalmeida e Hélio Oiticica, que baliza o cinema como uma operação sensorial - interativa promovendo a integração entre arte e vida.

A obra, inédita, radicaliza o QUASICINEMA na qual aponta sua câmera para os povos pré - cabralinos, utilizando a mais antiga construção arquitetônica brasileira, a taba, e os rituais de iniciação dos povos indígenas brasileiros fazendo alusão, assim, à arquitetura e à mitologia para potencializar suas idéias de cinema no mundo contemporâneo.


Até 11 de julho De terça a sábado, das 11h às 21h Domingo, das 11h às 19h Galeria Entrada franca Classificação etária: livre

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dossiê 11: A arte e a vida de Paulo Bruscky na poesia visual e no experimentalismo.

Fotomontagens de Jorge de Lima a ilustre vanguarda