Exposição no Brasil da Pop Art ao cinema underground ou Experimental?


O artista plástico Andy Warhol (1928-1987) na mostra Andy Warhol, Mr. America, em cartaz a partir do dia 20, na Estação Pinacoteca, em São Paulo. Trata-se da maior exposição dedicada ao artista já apresentada na América Latina, com 169 obras - 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotografias, 44 filmes e duas instalações.Grande parte das peças que integram o conjunto foram criadas quando o artista morava na lendária Factory ("fábrica", em inglês), em Nova York, um estúdio onde trabalhava, reunia amigos e promovia festas. A mostra, que já passou por Bogotá, na Colômbia, e por Buenos Aires, na Argentina, centra-se no período entre 1961 e 1968, considerado o mais prolífico da trajetória do artista pop.


Por que razão isso ocorre? Antes, é necessário responder a outra pergunta: qual é, afinal, o tamanho de Andy Warhol na arte do século XX? A resposta situa-se em algum lugar entre os dois pontos de vista que balizam a discussão sobre a arte contemporânea. Um deles, sustentado por vários críticos - entre eles Luciano Trigo, que no final do ano passado lançou o livro A Grande Feira - defende que a última grande inovação nas artes plásticas foi a de Marcel Duchamp (1887-1968). O francês estabeleceu que o artista definia o que era ou não arte, e marcou a postura com um exemplo radical ao inscrever um urinol em um salão de arte. De acordo com esse ponto de vista, tudo o que se faz hoje é reciclar o pensamento de Duchamp - e assim as latas de sopa de Warhol, tanto quanto os tubarões em formol do britânico Damien Hirst, seriam repetições do urinol original. Outra maneira de pensar, defendida pela maioria dos artistas e pela outra metade dos críticos, considera essa ilação redutora e pontifica que o que conta são as questões levantadas pelas obras - sejam elas realizadas ou não de próprio punho por seus autores, repitam elas ou não o pensamento fundamental de Duchamp.


Quando iniciou sua Factory, em 1964, Warhol tinha duas obsessões na vida: ganhar dinheiro e ficar famoso, não necessariamente nessa ordem. O próprio loft, com as paredes cobertas com papel alumínio e o teto e o chão pintados com tinta prateada, acabou virando uma boa estratégia para o tão desejado sucesso. Warhol fazia questão de deixar sua porta sempre aberta para acolher as celebridades em alta e elas retribuíam com uma assiduidade de cartão de ponto. A modelo, atriz e socialite Edie Sedgwick tornou-se companhia constante. O cantor Bob Dylan também era um frequentador habitual do endereço, assim como Lou Reed e John Cale, membros da banda The Velvet Underground, que tinha justamente Warhol como empresário




Cinema Underground e Filmes Experimentais


Andy Warhol - Nasceu em 1928, em New Port, Rhode Island.


Morrou em Nova York.


Dos filmes subterrâneos recentes os que mais publicidade recebem são os trabalhos de Andy Warhol. São filmes que parecem apresentar um mundo de morte viva prateada, e alguns deles, tais como “Sleep”, são filmes que não possuem movimento – quase. Todos estão precariamente equilibrados entre o controlado e o casual.


Tão cuidadosamente estáticos que a mais leve variação na exposição, no enquadramento ou no movimento sobre a tela pode sacudir as sensibilidades, estes neodocumentários têm por propósito ganhar a atenção. Eles o conseguiram. Também mostraram o grau a que se podia reduzir um filme e ainda ser um filme.
A grosso há quatro fases na obra cinematográfica de Andy Warhol. As produções bastante conhecidas da primeira fase, tais como “Sleep”, são filmes classicamente simples, de ritmo lento e silenciosos, com luminosidade desarmoniosa e sem drama. Os filmes da segunda fase, tais como “The Life of Juanita Castro”, são filmes poéticos e satíricos, e são, com som e encenação mais complexa, menos suavemente puros. Os filmes da terceira fase, tais como “Beauty Number 2”, embora ainda com emprego de câmara imóvel, são dramas do estilo realista do cinema vérité, alguns com uma iluminação convencional. A quarta fase é o trabalho de desempenho ao vivo e The Chelsea Girls.


Warhol é antes de tudo um estilista visual. Embora muita gente trabalhe em seus filmes, mesmo escrevendo e dirigindo-os, ele exerce o controle final na escolha do tema e da abordagem visual. Assim, independentemente de quem o escreva, de quem o fotografe, de quem nele apareça, ou mesmo o dirija, um filme de Andy Warhol é inconfundível. NA verdade, seus filmes combinados podem ser considerados parte de uma vasta obra, documentários definitivos sobre os socialistas, starlets, viciados, homossexuais, modelos, artistas e gente por dentro que está englobada no demi-monde bizarro de Nova York.


Depois de se formar em arte em 1950 no Instituto Carnegie, Warhol se tornou em primeiro lugar um ilustrador de moda de primeira em Nova York, em seguida o artista pop que pintou panelas de sopa. Na primavera de 1963 ele comprou uma câmara de filmar. Fez experiências com filmes de quadros rápidos, e numa viagem a Hollywood fez “Tarzan and Jane Regained... Sort of” (1963).
O filme que lançou o atualmente famoso estilo da primeira fase de Andy Warhol foi “Sleep” (1963), que apresenta um homem dormindo durante seis horas. (Na realidade são três horas de trechos de dez minutos cujas tomadas foram feitas num período de seis semanas. Cada trecho é apresentado duas vezes).
O método de Warhol é fazer muitos filmes e tornarem públicos os poucos que forem bons. Os ruins são exibidos uma vez, e às vezes seus títulos são usados outra vez em outras tentativas. Os que se seguem são os que estão registrados como tendo seguido a “Sleep”.


“Eat” (1963); “Kiss” (1964); “Naomi and Rufus Kiss” (1964), Haircut (1964); Roller Skate (1964); Dance Movie (1964); Salome and Delilah (1964); Pause (1964); Apple (1964); Messy Lives (1964); The End of Dawn (1964); Lips (1964); Couch (1964); Empire (1964), feito com John Palmer; “The Thirteen Most Beautiful Boys” (1964); “Batman” (1964); “Shoulder” (1964); “The Lester Persky Story – A Soap Opera” (1964); “Henry Geldzahler” (1964); e “Blow Job” (1964).


A despeito de seu assunto perverso, “Blow Job” é um dos melhores exemplos desta fase. Mostra a cabeça e os ombros de um homem à medida que presumivelmente está se praticando um ato sexual nele. Em um tempo de quarenta minutos, seu rosto, interrompido apenas pelo branqueamento de fins de fitas expostos, exprime um êxtase prolongado. A cabeça violentamente brilhante movendo-se para frente e para trás sob luz e sombra constrói um forte de sentido de volume sem montagem, conta uma história sem palavras, movimento de câmera ou montagem.

Harlot (1965), uma versão de Warhol de “Harlow”, com a personificação feminina de Mario Montez como estrela, e “Drunk” (1965), iniciou a sua era do som e encerrou a primeira fase.
A segudna fase é principalmente de dramas escritos por Ronald Tavel. Dentre estes se incluem “Screen Test Number Two” (1965); a peça de palco “Life of Juanita Castro” (1965); e “Vinyl” (1965), que apresenta um documentário interior sobre o sadismo. Vistos com emnos freqüência são “Suicide” (1965); “Horse” (1965); “Bitch” (1965); e “Kitchen” (1965), todos desfigurados por acidentes técnicos de menor importância.
Direção e cenários da terceira fase foram proporcionados por Chuck Wein. Dentre estes se encontram “Beauty Number Two” (1965), sobre um confuso ménage à trois pseudossexual; “Prison” (1965); vários trechos construídos em torno de Edie Sedgwick denominado “Poor Little Rich Girl” (1965); e “My Hustler” (1965), um semidocumentário velhaco sobre prostitutas homossexuais.

Ao mesmo tempo, Warhol fez “Space” (1965) e algumas experiências em vídeo-tape.
Após uma variedade de filmes de gente e rotinas de “acampamento” chamada “Camp” (1965), Warhol começou a apresentar filmes de telas seccionadas. Na sua maioria eram tomadas de meia hora não suficientemente interessantes para serem apresentadas por si sós e desse modo convertidas em filmes simultaneamente duplos. Filmes feitos nessa época incluem Whips (1966), Faces (1966), More Milk Yvette (1966), Hedy (The Fourteen Year Old Girl) !1966). Exibido primeiramente como uma apresentação denominada Up Tight, com um grupo de rock and roll chamado The Velvet Underground, sua apresentação do filme/vida eventualmente tornou-se “The Exploding Plastic Inevitable”, um ambiente de discoteca em que produções de tela seccionada eram projetadas sobre os conjuntos e os dançarinos.
Warhol selecionou os melhores de uma série de tomadas de meia hora filmadas no Hotel Chelsea e combinou-os em The Chelsea Girls (1966), de três e meia de duração, que na realidade empregou sete horas de material, três horas e meia em cada lado da tela.
Warhol produz a maior parte de seus filmes num sótão revestido com tinta e folhas prateadas chamado “A Fábrica”. Seu gosto pela publicidade é considerável, e da gente do cinema subterrâneo ele é o que é visto com maior freqüência. Ele também ajudou a fazer celebridades de uma espécie de “superestrelas” suas, Naomi Levine, Baby Jane Holzer, Edie Sedgwick e Nico.

*Retirado do livro, Uma Introdução ao Filme Underground. - Escrito por Sheldon Renan


Documentários:


Desaparecido: Danny Williams na Factory de Warhol (Walk Into The Sea: Danny Williams and the Warhol Factory/ EUA), que investiga o desaparecimento misterioso do talentoso colaborador da Factory, Danny Wiliams, um dos amantes de Andy Warhol e tio de Esther Robinson, diretora do filme. A produção ganhou o Teddy de Melhor Documentário no Festival Internacional de Berlim em 2007.


Retrato Completo de Andy Warhol - Tudo já se disse sobre Andy Warhol. Ou quase tudo. Sua agitada vida artística dificultou muito a pesquisa dos biógrafos e documentaristas. Um dos mais completos e bem feitos é este, originalmente produzido para TV, chamado "Andy Warhol: The Complete Picture". Aqui conhecemos a cidade aonde nasceu e cresceu, depoimentos comoventes de seus amigos, irmãos, colegas de trabalho, curadores, artistas e jornalistas, que juntos conseguem montar um caledoscópio cheio de novidades e segredos nunca antes revelados. Direção:Chris Rodley, 2002

Vida e Morte de Andy Warhol (Superstar: The Life and Times of Andy Warhol)
Documentário esclarecedor que mapeia de forma eficiente a personalidade complexa e a vida agitada de Andy Warhol. Amigos, artistas, músicos e irmãos, dão declarações preciosas importantes de como Warhol via o mundo, o homem e as artes. Direção:Jean-Michel Vecchiet, 1990

MOSTRA ANDY WARHOL: MOTION PICTURES NO MAM EM 2005


Seis filmes igualmente sem som e sem cor completam a exposição no MAM: "Sleep" e "Kiss", de 1963, e "Blow Job", "Eat", "Empire" e "Henry Geldzahler", de 1964. Os filmes são exibidos simultaneamente em 24 telas cujos tamanhos variam de 1,2 m a 2,4 m de largura, dispostas como quadros numa galeria. Com pouca iluminação no espaço expositivo, as telas ficam em paredes brancas e cercadas por molduras pretas.. A mostra tem curadoria de Mary Lea Bandy e Klaus Biesenbach, ambos do MoMA."Screen Tests"Acima de tudo, Andy Warhol era um profeta pop. Entre 1964 e 1966, o artista realizou mais de 500 "Screen Tests" nos seus estúdios Factory (NY), em que filmava, em 16 mm, artistas, personalidades, modelos e anônimos que gravitavam à sua volta. Os filmes foram transpostos para DVD, formato em que são exibidos em SP.




LIVROS:


A FILOSOFIA DE ANDY WARHOL A versão original de A Filosofia de Andy Warhol foi lançada pela primeira vez em 1975 e revirou, como nenhum outro tipo de publicação, os meandros da vida o artista plástico mais icônico dos últimos cinqüenta anos. Nas quase trezentas páginas do livro, Warhol teve toda sua vida devassada e revelado os principais medo e calafrios escondidos na pele de um homem cuja personalidade era tida como forte e inabalável. Apesar de ser assinado pelo próprio Warhol, o livro fora escrito por sua secretária, Pat Hackett, uma amiga, Brigid Berlin, e um ex-editor da Interview, Bob Colacello.


No Tempo de Warhol
Na segunda metade do século 20, o foco da arte ocidental se deslocou para os Estados Unidos, e os artistas exploraram muitos caminhos inovadores. Este livro aborda movimentos tão diversos como o expressionismo abstrato, a pop art, a arte conceitual e a arte performance. A coleção "Arte ao Redor do Mundo" apresenta ao jovem leitor os principais períodos da arte e os artistas que contribuíram para seu desenvolvimento.


FILMES NAS LOCADORAS DO BRASIL
No mercado brasileiro temos poucos títulos: My Hustler, I A Man,The Chelsea Girls,Velvet Underground,Vinyl e Eu Atirei em Andy Warhol , Direção:Mary Harron, de 96, estes trabalhos foram lançados
pela distribuidora Magnus Opus, um das mais undergrounds e experimentais distribuidoras do Brasil.



DOSSIE:


Um dos iniciadores e expoentes da Pop Art.


Nasceu em 6 de Agosto de 1928, em Pittsburgh, nos E.U.A.;morreu em 22 de Fevereiro de 1987, em Nova Iorque.

Terceiro e último filho de emigrantes da Checoslováquia, de apelido Warhola, o pai, Andrei, veio para os Estados Unidos para evitar ser recrutado pelo exército austro-húngaro, no fim da Primeira Guerra Mundial. Em 1921 a mulher, Julia, juntou-se-lhe, tendo a família ido viver para Pittsburgh. Durante essa época Andy foi atacado por uma doença do sistema nervoso central, que o tornou bastante tímido.
Estudou no liceu de Schenley onde frequentou as aulas de arte, assim como as aulas do Museu Carnegie, instituição sedeada perto do liceu. A família, com base nas poupanças, conseguiu pagar-lhe os estudos universitários no célebre Instituto de Tecnologia Carnegie, a actual Carnegie Melon University, onde teve que se se esforçar bastante, sobretudo na cadeira de Expressão, devido ao seu deficiente conhecimento do inglês, já que a mãe nunca tinha deixado de falar checo em família. Por sua vez, nas aulas artísticas, em vez de ter Andrew criava problemas, ao não aceitar seguir as regras estabelecidas.
De qualquer maneira, devido ao fim da 2.ª Guerra Mundial, foi obrigado a abandonar o Instituto no fim do primeiro ano, para dar lugar aos soldados americanos desmobilizados, a beneficiar de entrada preferencial nas Universidades americanas com a passagem da Lei de Desmobilização (GI Bill). Alguns dos seus professores defenderam a sua permanência na instituição, e pôde por isso frequentar o Curso de Verão, que lhe permitiria reinscrever-se no Outono seguinte. Os seus trabalhos nesse Curso fizeram-no ganhar um prémio do Instituto e a exposição dos seus trabalhos. Acabou a licenciatura com uma menção honrosa em desenho, indo viver para Nova Iorque em Junho de 1949, à procura de emprego como artista comercial.
Contratado pela revista Glamour, começou por desenhar sapatos, mas os primeiros desenhos apresentados tiveram de ser refeitos devido às suas claras sugestões sexuais. Passou a desenhar anúncios - actualmente ainda muito normais na publicidade de moda nos EUA - para revistas como a Vogue e a Harper's Bazaar, assim como capas de livros e cartões de agradecimento.
Em 1952 a sua mãe foi ter com ele a Nova Iorque. Entretanto tinha retirado o «A» final do seu apelido e passado a usar uma peruca branca, bem visível por cima do seu cabelo escuro. Em Junho desse ano realizou a sua primeira exposição na Hugo Gallery: «15 Desenhos baseados nos escritos de Truman Capote». A exposição foi um sucesso não só comercial como artística, que lhe permitiu viajar pela Europa e Ásia em 1956.
Em 1961 realizou a sua primeira obra em série usando as latas da sopa Campbell's como tema, continuando com as garrafas de Coca-Cola e as notas de Dólar, reproduzindo continuamente as suas obras, com diferenças entre as várias séries, tentando tornar a sua arte o mais industrial possível, usando métodos de produção em massa. Estas obras foram expostas, primeiro em Los Angeles, na Ferus Gallery, depois em Nova Iorque, na Stable Gallery. Em 1963 a sua tentativa de «viver como uma máquina» teve uma primeira aproximação com a inauguração do seu estúdio permanente - The Factory - A Fábrica.


Andy Warhol passou então a usar pessoas universalmente conhecidas, em vez de objectos de uso massificado, como fontes do seu trabalho. De Jacqueline Kennedy a Marilyn Monroe, passando por Mao Tse-tung, Che Guevara ou Elvis Presley. A técnica baseava-se em pintar grandes telas com fundos, lábios, sobrancelhas, cabelo, etc. berrantes, transferindo por serigrafia fotografias para a tela. estas obras foram um enorme sucesso, o que já não aconteceu com a sua série Death and Disaster (Morte e Desastre), que consistia em reproduções monocromáticas de desastres de automóvel brutais, assim como de uma cadeira eléctrica.


Em 1963 começou a filmar, realizando filmes experimentais, propositadamente muito simples e bastante aborrecidos, como um dos seus primeiros - Sleep (Dormir) - que se resumia à filmagem durante oito horas seguidas um homem a dormir, ou Empire (Império), que filmou o Empire State Building do nascer ao pôr do sol. Mas os filmes foram tornando-se mais sofisticados, começando a incluir som e argumento. O filme Chelsea Girls, de 1966, que mostra duas fitas lado a lado documentando a vida na Factory, foi o primeiro filme underground a ser apresentado numa sala de cinema comercial.


Para além do cinema Warhol também foi produtor do grupo de rock-and-roll Velvet Underground, que incluía naquela época Sterling Morrison, Maureen Tucker, John Cale e Lou Reed e a cantora alemã Nico. Arranjou-lhes um local para ensaiar, pagou-lhes os instrumentos musicais e deu-lhes alguma da sua aura. Para além dos discos os Velvet e Warhol produziram o espectáculo Exploding Plastic Inevitable, que utilizava a música do grupo e os filmes do artista. Os Velvet, já famosos, entraram definitivamente na história ao darem o nome à revolução checa de 17 de Novembro de 1989 que derrubou pacificamente o regime comunista - a Velvet Revolution.


Em Junho de 1968 Valerie Solanas, uma frequentadora da Factory, criadora solitária da SCUM (Society for Cutting Up Men), entrou no estúdio de Warhol e alvejou-o quase mortalmente. O pintor demorou mais de dois meses a recuperar. Quando saiu do hospital tinha perdido muita da sua popularidade junto da comunicação social. Dedicou-se então a criar a revista Interview, e a apoiar jovens artistas em início de carreira, para além de escrever livros - a sua autobiografia The Philosophy of Andy Warhol (From A to B and Back Again) foi publicada em 1975 -, e apresentar dois programas em canais de televisão por cabo. A sua pintura voltou-se para o abstraccionismo e o expressionismo, criando a série de pinturas - Oxidation (Oxidação) - que tinham como característica principal o terem recebido previamente urina sua.
Em 1987 foi operado à vesícula. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte. Era célebre há 35 anos. De facto, a sua conhecida frase: «In the future everyone will be famous for fifteen minutes» (No futuro, toda a gente será célebre durante quinze minutos), só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente massificada e em que a arte será distribuída por meios de produção de massa.



ANDY WARHOL, MR. AMERICA


Quando: abertura, sábado, às 11h; de ter. a dom., das 10h às 18hOnde: Estação Pinacoteca (lgo. General Osório, 66, Centro, SP, tel.0/ XX/11/ 3335-4990); até 23/5Quanto: R$ 3 a R$ 6 (sábado, grátis)

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