Carlos Vergara: capturando o instante inclemente da arte


Após uma curta exposição do MAM do Rio de Janeiro, Carlos Vergara lança o catálogo A Dimensão Gráfica - uma outra energia silenciosa, que mostra obras realizadas dos anos 60 até os dia atuais, com mais de 200 imagens. Carlos Augusto Caminha Vergara dos Santos (Santa Maria RS 1941, atualmente morra no Rio de Janeiro). Gravador, pintor, Atua ainda como cenógrafo, figurinista de peças teatrais, e durante a década de 1970, utiliza a fotografia e filmes Super-8 para estabelecer reflexões sobre a realidade.

O uso dos novos meios nesse período, assim como o da matéria bruta na sua pintura, pretendia dar conta destes significados ocultos. Vergara em 1973 fala da arte como "objetos de pensamento que ajudam as pessoas que querem desvendar a mágica do real." Na sua opinião, esses são "os melhores objetos; sejam eles: discos, livros, filmes, pinturas, desenhos , gravuras, performances, apostilas, posters, esculturas, conferências, vídeo tapes, ambientes, happenings, shows, música etc.(...) o fundamental é o que se passa dentro do objeto, e dentro dele as coisas se passam com que o objeto traz e com o que você carrega para ele. É essa mágica que mesmo se contada se repete. É a essa experiência que se dá o nome de arte." Trocando em miúdos, Vergara se aproxima da realidade procurando o que ela tem de singular, de vibrante, de inapreensível.

Filmes:

Domingo de papel (1971) - Super-8

Domingo de Som (1971) - Super-8

Domingo por um fio (1971) - Super-8

Carnaval de 1972 (1972) - Super-8

Terras (1972) - Super-8

Fome (1972) - Super-8


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